domingo, 28 de novembro de 2010

REFLEXÃO- VII SEMESTRE

As aprendizagens na Interdisciplina Educação de Jovens e Adultos -EJA- possibilitou a construção de um novo olhar no que se refere à clientela da EJA.
Iniciei minha docência no antigo Supletivo e percebi que alguns educadores dessa modalidade consideravam seus alunos como preguiçosos, fracos, sem compromentimento com os estudos, enfim, folha em branco, que queriam ações paternalistas e assistencialistas e que buscavam apenas o diploma.
Os conhecimentos construídos nessa Interdisciplina, fizeram que me questionasse enquanto educadora sobre que medidas e ações os profissionais da educação estão realizando em relação a sua prática pedagógicas e metodologias para que essa clientela se mobilize, tenha prazer em estar na escola e busque efetivamente a construção de sua aprendizagem?
Não seriam os educadores despreparados para o atendimento dessa clientela?
Não deveriam os educadores repensarem sua práticas excludentes e ofertarem a esses alunos conteúdos e procedimentos e metodologias que privilegiem suas necessidades, especificidades e singularidades?
A clientela da EJA precisa ser valorizada no contexto escolar, para que seu ingresso e sua permanência seja garantida, em um ambiente que favoreça a construção da aprendizagem e a formação integral dos seus educandos, sempre considerando as dificuldades de sua condição social e a distorção de idade para a série.Somente assim a escola estará cumprindo sua função social, como um espaço inclusivo e democrático.
A interdisciplina de LIBRAS- Linguagem Brasileira de Sinais- favoreceu o entendimento que Libras tem a funcionalidade de qualquer outra língua, não é uma língua universal e que através dela os surdos se comunicam, se expressam e revelam sentimentos...Através da LIBRAS os alunos surdos podem integrar-se na sociedade e exercerem seus direitos de cidadãos e desenvolverem-se plenamente.
É igualmente importante que o educador preste atenção no gestual do aluno surdo,poi ele utiliza também seu corpo como forma de se comunicar através da movimentação facial e corporal.
O contexto escolar e seus educadores devem estar preparados e prever em seus currículos e práticas pedagógicas um planejamento aberto e receptivo, que favoreça a aprendizagem e a inserção de todos de forma justa e igualitária.
A Interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação oportunizou uma conscientização sobre a importância do planejamento relacionando-o à Pedagogia de Projetos, onde o aluno constrói sua aprendizagem através da interação, com autonomia e autoria, investigando, levantando hipóteses, buscando resposta às certezas provisórias, tornando assim sua aprendizagem rica e significativa.
O planejamento é um aliado na construção da aprendizagem, devendo ser flexível, permitindo refazer caminhos e rever possibilidades,privilegiando a interdisciplinaridade, distanciando-se assim, de conteúdos fragmentados e estanques.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Reflexão-Sexto Semestre

Destaco a interdisciplina Questões Étnicos Raciais na Educação, como a de maior relevância nesse semestre, pois oportunizou importantes reflexões sobre a abordagem racial no contexto escolar, para a construção da auto-estima do aluno negro, referenciando a escola como o espaço ideal para a quebra de estereótipos e desmistificação de preconceitos.

O que realmente despertou minha atenção, foi o fato de eu não ter conhecimento de uma universidade ofertar em sua grade curricular uma disciplina com esse enfoque para a formação de seus acadêmicos.

Isso denota, portanto, o olhar diferenciado, do Curso PEAD-UFRGS, que oportunizou uma formação voltada para uma educação verdadeiramente inclusiva e despojada de preconceito e discriminação.

Com esse entendimento, percebi a responsabilidade da escola como uma instituição formadora de valores, de trabalhar as questões raciais de forma sistemática e permanente na busca da formação identitária das diferentes etnias na busca pelo respeito às diferenças.

Conforme Paré (2000) o aluno de origem afro precisa evidenciar em sua rotina escolar nove dimensões afro culturais:

A 2ª Grande Essência-Os Sentimentos - Conteúdo latente originário da discriminação: Desgosto à piadas raciais, Vergonha de ser negro (a ), Medo da Rejeição, Baixa auto-estima, Baixa auto-confiança, Desvalia, Mágoa pela rejeição, Tristeza por não saber reagir, Alta auto-estima.

O aluno afro descendente cuja escola não considere essas dimensões poderá desenvolver mecanismos de defesa que prejudicariam o desenvolvimento pleno de sua aprendizagem certamente influenciando de forma negativa na construção de sua identidade e no auto- reconhecimento em relação aos valores culturais intrínsecos de sua africanidade.

Portanto, é possível afirmar que todo o ser humano, independentemente da condição social que seja oriundo em relação à etnia, gênero e religião, possui o direito incontestável de exercer a sua cidadania, lutando pela respeitabilidade de sua condição, colocando-se contra a qualquer tipo de exclusão ou discriminação, acreditando sempre que sua inserção no mundo perpassa pela forma como busca o diálogo e questionamentos em favor de seus direitos e verdades e na valorização de suas origens. É imprescindível que o aluno encontre na escola a acolhida necessária para que se sentindo pertencente à ela construa sua identidade.

Buscando a reversão de práticas e ações excludentes e discriminatórias do meu contexto escolar é que direcionei o Projeto do estágio curricular e o TCC para o desenvolvimento dessa temática.

Referências:

PARÉ, Marilene. Auto-Imagem e Auto-Estima na criança negra: Um Olhar Sobre o seu Desempenho Escolar.

Dissertação de Mestrado,2000.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Reflexão-Quinto Semestre

As aprendizagens construídas nesse semestre oportunizaram ao meu fazer pedagógico um diferencial imenso.
Quando fui aluna do Magistério, os professores ensinavam através da aulas de Didática, de uma forma tradicional, onde cada disciplina que iríamos trabalhar com os alunos durante o estágio ou na docência, era específica para cada didática.Cito como exemplo: Didática da Matemática, Didática das Ciências etc...E foi dessa forma que aprendi a trabalhar, onde o planejamento era particionado, fragmentado o que me tornou uma professora conteúdista e extremamente tradicional.
Começei a ouvir na escola em que atuo, sobre a Pedagogia de Projetos, o qual considerava algo muito difícil de ser realizado, muito trabalhoso, onde a aprendizagem se perdia, pois envolvia metodologias e recursos que certamente iria distanciar os alunos da verdadeira aprendizagem (memorização) que eu julgava ser mais importante e eficiente.
Através da interdisciplina Projeto Pedagógico em ação foi possível entender e aprender que um projeto pedagógico deve partir do interesse e da curiosidade dos alunos e que dessa forma é possível construir uma aprendizagem significativa e interdisciplinar, onde os alunos constroem suas aprendizagens através da interação,de forma autônoma e colaborativa, cabendo ao professora a mediação desse processo. Hoje posso dizer que as barreiras que me imobilizavam foram vencidas, onde o conhecimento adquirido desmistificou minhas antigas concepções e crenças.
Na interdisciplina Organização do Ensino Fundamental, as leituras realizadas possibilitaram um novo olhar em relação ao contexto escolar em que atuo, onde pude observar o quanto as práticas são contraditórias em relação ao que os documentos como o PPP e o RE expressam e apregoam.
Na interdisciplina Organização e Gestão da Educação despertou em mim uma conscientização que antes inexistia, como o direito de atuação política de toda a comunidade escolar nas decisões da gestão democrática e me fez perceber o quanto é difícil para alguns gestores despirem-se do autoritarismo e a centralização do poder, formalizando em alguns momentos uma gestão dominadora e unilateral.Enfim, os conhecimentos adquiridos nessa interdisciplina favoreceram que eu saísse da passividade e fizesse valer meus direitos de educadora e cidadã, cobrando participação nas decisões do contexto da escola.
Na interdisciplina Psicologia da vida adulta foi possível que realizássemos uma auto-reflexão,voltada às interelações, sobre a importâcia do convívio harmonioso no ambiente educativo, fazendo com que além de conhecer os transtornos psicológicos, que muitas vezes somos acometidos, pudêssemos identificá-los nas pessoas que nos rodeiam no ambiente de trabalho.Esse semestre foi de grandes e importantes aprendizagens que favoreceram meu crescimento pessoal e profissional.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reflexão- IV semestre

O Eixo IV oportunizou aprendizagens importantíssimas que permitiram a qualificação de minha prática.Esse eixo possibilitou a aplicação da teoria estudada no curso através da ressignificação do planejamento, aliando teoria à prática.
Durante o quarto semestre nos foi oportunizado as interdisciplinas: Representação do mundo pela Matemática,Representação do mundo através dos Estudos Sociais, Representação do mundo através das Ciências e Seminário Integrador IV.
A interdisciplina de Matemática foi de grande relevância, pois propiciou a realização e aplicação de atividades, possibilitando que nos conteúdos desenvolvidos com alunos fossem aplicados novas metodologias distanciando-se da mesmice, despertando, através de jogos e brincadeiras, o interesse no que era proposto, a curiosidade, levando-os à elaboração de hipóteses, distanciando-os da preocupação com o erro ou o acerto.
Na interdisciplina de Estudos Sociais foi trabalhada a linha do tempo onde percebi a importância da valorização e do resgate das memórias do aluno, que irão incidir positivamente na sua construção identitária, através da valorização de seu histórico de vida e sua ancestralidade.
Foi também de igual importância o desenvolvimento do projeto "Cultura Indígena"onde presenciei a importância, da valorização e respeito à pluralidade que somos constituídos, através de práticas interdisciplinares, que provoquem a discussão, o distanciamento do preconceito e o reconhecimento que somos uma nação multiracial.
Certamente o maior ganho nessa interdisciplina foi eu ter construído um novo olhar em relação ao planejamento das aulas, pois passei a desenvolver e construir o ensino e aprendizagem de forma contextualizada, conectada com a realidade dos alunos e com a situação de vida atual, observando a noção de tempo e espaço, fazendo com que os alunos exerçam sua cidadania através dos questionamentos em relação ao mundo em que vivem.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Reflexão- Terceiro Semestre

Considero que no terceiro trimestre as interdisciplinas estabeleceram mudanças significativas em minha prática, pois modificaram e qualificaram a minha sala de aula.
A interdisciplina de Teatro trouxe movimento para a sala de aula, até então eu considerava a arte de fazer teatro como se fosse privilégio dos alunos que nasciam com aptidão e talento, quando ao contrário, desenvolvi os jogos teatrais para possibilitar a desinibição da turma, me surpreendi, pois eles se envolveram com a dinâmica e criaram histórias maravilhosas para apresentação ao grupo.A prática do Teatro aliado ao planejamento possibilitou a integração da turma e desenvolveu a sensibilidade dos alunos.
A interdisciplina de Lucidade me distanciou do modelo tradicional de educação, onde o ato de brincar ficava para segundo plano, me trouxe a consciência que através da brincadeira a criança vivencia o lúdico se conhece e se descobre, dando significado ao seu imaginário.
Na interdisciplina de Música pude através das aprendizagens sair da mesmice, de cantar junto com os alunos sempre a mesma música.Aprendi que os vários gêneros musicais devem fazer parte do planejamento, que a música tem movimento, marcação de ritmos, exploração dos sons dos instrumentos musicais.Aprendi a trabalhar a MPB com os alunos, onde fazem maravihosas paródias.
A Literatura privilegiou o conto de fadas, como resgate desse gênero literário que povoa a imaginação das crianças.Foi também de grande importância a interdisciplina do SI que possibilitou o exercício da argumentação e contra-argumentação que ampliou o domínio e clareza na exposição de ideias, favorecendo o repertório acadêmico facilitando assim a oratória.
Considero que esse semestre foi riquíssimo considerando que as aprendizagens influenciaram e enriqueceram diretamente o planejamento pedagógico.

domingo, 26 de setembro de 2010

Reflexão referente ao segundo semestre

Quando reflito sobre minha trajetória com aluna da UFRGS percebo como as aprendizagens construídas possibilitaram mudanças significativas na minha docência.
Visitei as construções realizadas no 2º semestre e elas me permitem ver o quanto me distanciei da postura engessada e conteúdista de educadora.
Lembro que no 2º semestre tive minha atenção despertada pela construção da linha do tempo e das Memórias que me desacomodaram e fizeram pensar sobre minha própria existência e isso mexeu com as memórias que eu escondia de mim mesma.Hoje realizo essa atividade com os alunos e vejo que para eles é muito importante pois favorece o auto-conhecimento e a valorização da história de vida deles, fazendo que se sintam pertencentes e inseridos no mundo.
A interdisciplina de Psicologia oportunizou importantes reflexões acerca da afetividade e sua importante participação na vida dos educadores e educandos, como fomentadora de uma educação dialógica e humanista.
Na interdisciplina Fundamentos da Educação as temáticas desenvolvidas foram de grande valia, pois evidenciaram uma outra perspectiva em relação à alfabetização e ao letramento , oportunizando atualização e interações preciosas entre os participantes dos fóruns de discussão.
Adorei conhecer a história da Escola da Ponte, que nos ensinou uma outra maneira da efetivação da educação, bem diferente da que nós conhecemos.Algo inovador e apaixonante, uma ideia que me ajudou a entender que uma outra forma de fazer escola é possível, que a escola não deve representar uma prisão, ao contrário, deve ser o lugar que apregoa a liberdade com responsabilidade e que propõe ser um lugar prazeroso, de descobertas, que inviste na educação de seus alunos, respeitando seus limites e especificidades, acolhendo a todos com amor e igualdade.
Por fim a Interdisciplina Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, através da Manifesto dos Pioneiros e da Escola Nova favoreceram o meu entendimento de como se estruturou a escola no Brasil atravé do envolvimento de pessoas comprometidas com a educação.
Concluo, com a convicção que o 2º semestre contribuiu de forma significativa com minha formação acadêmica e esse conhecimento está refletindo positivamente da minha docência.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

1º Semestre-Curso PEAD-UFRGS

Certamente o primeiro semestre do curso de Pedagogia, foi o mais difícil, no que se refere a adequação do tempo em relação às exigências do curso ofertado e da minha total ausência de qualificação em relação ao uso da informática.
Precisei ter uma força de vontade imensa para que pudesse adquirir esse conhecimento, pois tinha consciência da relevância dessa aprendizagem, bem como o quanto seria necessário essa qualificação para que eu pudesse desenvolver meus estudos acadêmicos através da modalidade EAD.
Hoje, quando estabeleço comparações e vejo todo o conhecimento construído, acredito que a utilização das ferramentas tecnológicas, juntamente com toda as demais aprendizagens das diferentes interdisciplinas e eixos, permitiram a minha inserção no mundo e a qualificação de minha prática.
Sabemos que o ser humano encontra-se permanentemente em processo de construção e reconstrução e deve no mesmo ritmo se adequar e atualizar mediante as inovações tecnológicas e os currículos precisam se apropriar desses novos saberes tecnológicos para que o contexto escolar estabeleça interações com o mundo globalizado, objetivando práticas pedagógicas significativas, com características inovadoras na forma de ver e atuar no mundo.
Durante todo o curso PEAD, me qualifiquei como educadora, agora bem mais preparada no que se refere às tecnologias, porém sempre senti a frustração de não poder compartilhar com meus alunos minhas aprendizagens.Somente agora, no segundo semestre, minha escola disponibilizou o laboratório de informática, com horários definidos para que o utilizemos como recurso em nossa prática.
Esou muito feliz, só que agora aprendendo também com os alunos, mas muito distante da nativa digital que fui um dia.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Cadeiras Eletivas

As cadeiras eletivas estão sendo na minha formação uma qualificação importantíssima.No início fiquei um pouco apreensiva por ter deixado esses estudos adicionais para o final do curso PEAD.Pensei que não iria corresponder às solicitações das disciplinas eletivas considerando as inúmeras atividades em relação à Universidade e as demais responsabilidades docentes e pessoais.Hoje afirmo que fiquei muito feliz que tenha assim acontecido, pois vejo o quanto essas disciplinas (Ciências e Matemática) estão me oportunizando o enriquecimento da minha prática, através das leituras sugeridas, atividades práticas que nos levam às investigações, a valorização da experimentação através de materiais manipuláveis, que favorecem a construção da aprendizagem de forma lúdica e interativa.Através das atividades propostas consigo rever a minha prática, repensar metodologias e agregar qualidade às minhas aulas.

domingo, 27 de junho de 2010

Desenvolvimento pessoal e profissional

Considero, felizmente, que no Estágio Curricular que realizei não encontrei obstáculos, e as dificuldades que ocorreram se referem ao andamento natural do processo.
Encontrei em todos: professores, tutores, direção de escola, alunos e familiares o apoio e parceria necessárias para a efetivação de um excelente trabalho.
Porém o único sentimento que fica foi o fato de não dispor em minha escola de um espaço virtual em que pudesse utilizar as ferramentas tecnológicas, para melhor enriquecer meu fazer pedagógico, ao mesmo tempo fico feliz, pois a escola em parceria com a Petrobrás oferece um curso básico de computação onde os alunos estão inseridos.
Em relação às descobertas eu chamaria de constatação, no que se refere à importância do trabalho pedagógico com PA, onde ficou evidente através dessa prática, o envolvimento dos alunos, o prazer da descoberta, através de conteúdos interdisciplinares que mantiveram os alunos interessados. Os alunos se comprometeram com a aprendizagem, se mobilizaram, valorizando dessa forma a expressão do seu saber, contribuindo para a construção de um novo conhecimento através da cooperação e da autoria. Constatei no desenvolvimento do Projeto que o crescimento é recíproco, pois a aprendizagem é construída de forma investigativa, significativa e contextualizada, oferecendo espaços para que o aluno atue como sujeito, saindo da condição de coadjuvante e expectador passivo, possibilitando dessa forma, o desenvolvimento efetivo de suas capacidades, habilidades e competências, conforme avaliação dos mesmos:
“ Eu achei interessante a forma das tuas aulas, pois senti que aprendi muito
agora as matérias estão todas juntas e eu acho que é muito melhor”(Aluno L)

Concluo com a certeza que crescemos juntos, educadora e educandos, na busca da construção de seres humanos mais justos e respeitosos, tendo a convicção que encontramos na diversidade do contexto escolar a oportunidade de crescimento pessoal e da construção de saberes, que nos permitirão exercer a cidadania em busca de um mundo mais justo e igualitário.

domingo, 20 de junho de 2010

Avaliação Inclusiva

Sempre me questiono, especialmente quando há entrega de notas no fechamento do trimestre, sobre a Avaliação utilizada na minha escola que está prevista em seu PPP.
"Será que ela contempla de forma justa a maioria dos educandos?"
"Os instrumentos ulilizados pelos educadores foram ajustados de acordo com a realidade dos alunos de forma comprometida, buscando a construção de uma aprendizagem significativa, respeitando as individualidades e especificidades?"
"Não estará essa avaliação a serviço da exclusão escolar e social?"
São questionamentos que deveremos discutir com a Comunidade Escolar, para a estruturação de um novo PPP.Porém observo, através de conversas informais com a comunidade, que ela própria enfrenta dificuldades em aceitar uma avaliação disvinculada do processo classificatório, que seleciona e discrimina, não acreditando uma avaliação com caráter diagnóstico, em permanente construção e reconstrução, pois percebo que os pais sentem-se mais seguros diante de cadernos cheios e com testes e provas, pois dessa forma acreditam que podem "ver" ou "comprovar" ou não a aprendizagem de seus filhos.
Procuro ao desenvolver minha prática, buscar formas de avaliar que me permitam ser o mais justa possível em relação ao meu aluno, respeitando sua individualidade,
organizando situações que permitam detectar os conhecimentos prévios levando em respeitando as diferenças individuais.
A avaliação me oferece subsídios para verificar a relação entre o que foi proposto e a aprendizagem efetivamente construída. Avalio para acompanhar as mudanças que ocorrem durante o processo de aquisição do conhecimento, sendo necessário que essa avaliação seja efetivada em forma de acompanhamento diário, sistemático e individualizada, que revele a evolução do indivíduo, com intervenções sempre que houver necessidade.
A avaliação permite a mudança, refazer caminhos, nas transformações que estão sendo provocadas, no aprimoramento contínuo do aluno, visando o pleno desenvolvimento do educando, agregando à avaliação escolar indicadores que possibilitem acompanhar o domínio de competências e habilidades.
Utilizo os critérios expressos no PPP da escola, que se referem ao uso de indicadores qualitativos e quantitativos mensurados em nota e parecer descritivo, de forma concomitante, tendo o cuidado que esses expressem e traduzam informações sobre a evolução e materialização da aprendizagem.
O resultado da avaliação permite o ajuste dos conteúdos desenvolvidos, permitindo clareza no que se efetivou como aprendizagem, indicando caminhos em relação ao que precisa ser retomado, permitindo que se percebam professores e alunos, os avanços e dificuldades.
O processo de avaliação não deve ser uma imposição e sim um ato partilhado e construtivo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Conclusão do Estágio

Reflexão

Semana 9


Sabemos que a escola como instituição plural, deve estar receptiva e se mostrar responsável pelas mudanças de paradigmas e ideias pré-concebidas vindas das mais diferentes representações sociais, na busca do respeito a essas diversidades, para que seja verdadeiramente um espaço inclusivo.
Porém, esse desafio não é tarefa fácil, considerando os valores enraizados, de uma sociedade excludente, que costuma rotular ou ignorar aquilo ou aqueles que são exceção no contexto.
É na heterogeneidade das salas de aula que encontramos a riqueza inesgotável de diferenças étnicas, culturais, de ritmos de aprendizagem que nos possibilita um trabalho rico, através do desempenho docente comprometido, onde o educador seja um aliado na construção do saber, para a formação de sujeitos protagonistas de sua história e de uma convivência respeitosa, igualitária e humana.
O desenvolvimento do Projeto “A diversidade étnica e cultural na educação” me possibilitou como educadora, presenciar mudanças essenciais à convivência, onde os alunos adquiriram consciência da diversidade e desenvolveram o sentimento de interesse e respeito à diferença, no respeito pela figura do outro, no entendimento da contribuição de cada etnia na formação da nossa brasilidade.
No desenvolvimento do Projeto, verifiquei o envolvimento dos alunos com a temática, percebendo o prazer com que participaram das atividades propostas favorecendo a construção de uma aprendizagem significativa.
Encerro o Projeto, mas não a minha docência, que certamente se fortaleceu e qualificou que cresceu junto dos alunos e suas dificuldades, através do construtivo confronto de ideias, na difícil arte de conviver com as diferenças, onde realizamos trocas e interações, onde aprendemos a respeitar a individualidade de todos e a entender a singularidade dos que nos rodeiam, certamente saímos todos ganhadores nessa caminhada e me sinto gratificada, pois considero ter alcançado plenamente os objetivos a que me propus.

domingo, 6 de junho de 2010

Ludicidade na Educação

Acomodados que estamos ainda em aulas estanques e conservadoras, poucos professores se aventuram em proporcionar e fazer da sala de aula um lugar alegre e de brincadeiras, que possibilitem aos alunos a vontade de estarem nesse ambiente e que ele lhes traga uma convivência rica e uma interação prazerosa. As aulas explicativas, vão aos poucos, se tornando interativas e lúdicas, pois somos oriundos de uma cultura onde na escola se aprende os conteúdos, se presta muita atenção e que as brincadeiras ficam para outros momentos, ditos adequados.
Procuro diariamente me distanciar cada vez mais, desse modelo tradicional de sala de aula e de educação, pois através da brincadeira a criança vivencia o lúdico, se conhece e se descobre, exorciza suas angústias e desenvolve sua criatividade, projetando na brincadeira um mundo de faz-de-conta onde são, efetivamente, os protagonistas de suas criações dando significação ao seu imaginário.
“O maior obstáculo ao uso das brincadeiras em sala de aula é a insegurança do professor’(Tânia Fortuna)”.
“Ele deve aprender a renunciar ao controle, permitindo que os grupos façam atividades diferentes ao mesmo tempo, e que ele deixe de ser o eixo”. Lendo e pensando sobre o teor dessas colocações em leituras realizadas na Interdisciplina Ludicidade e Educação percebi, que muitas vezes, nos imobilizamos e não propomos aos alunos esses momentos lúdicos, por medo da desorganização, do descontrole, do movimento que o ato de brincar proporciona. Mas por que o medo se todo o processo criativo vem do movimento e das ações?
Hoje, tenho certeza que o professor não deve apenas se inserir nas brincadeiras como mediador, pois sua participação efetiva no ato de brincar é muito importante, pois quando brincamos junto com nossos alunos, eles se sentem acarinhados e valorizados, sendo essa participação uma forma de demonstrar a importância da brincadeira e de materializar o afeto que esse gesto transmite.
Não devemos dissociar o brincar do estudar, mas sim buscar reciprocidade nas duas ações. Conforme diz Tânia Fortuna “uma aula ludicamente inspirada, não é necessariamente aquela que ensina conteúdos com jogos, mas aquela, mas em que as características do brincar estão presentes, influenciando no modo de pensar do professor, na seleção de conteúdos, no papel do aluno”.
A sala de aula não deve, portanto, oportunizar apenas momentos estanques do brincar, como o brincar no recreio cheio de proibições, limitações ou regras, a caixa de brinquedos onde apenas é permitido que seja utilizada momentos antes de bater para a saída, com minutos previamente estabelecidos, sem deixar que a casinha de bonecas seja concluída e vivenciada.
Ao contrário, a ludicidade deve estar presente e profundamente inserida no fazer pedagógico, de forma natural, oportunizando todos os momentos possíveis para que as crianças se encontrem, se revelem e que através da brincadeira, dos jogos, ajam e interajam com o meio, possibilitando a construção de sujeitos mais felizes.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Relatório do encontro dos alunos da 4ª série da Escola Estadual Caetano Gonçalves da Silva e a Grupo Indígena Kaingang, Comunidade Por Fi.


Data: 26/05

Local: Estrada do Quilombo, 1015 - Bairro Feitoria Seller, São Leopoldo.

Público Alvo: alunos, comunidade escolar, educadores.

Objetivo Geral: Conhecer o modo de vida da aldeia Kaingang, respeitando e valorizando sua contribuição cultural.

Objetivo Específico: Reconhecer a importância da influência da cultura
Indígena na nossa cultura.


A saída de Campo com o objetivo de visitar a Comunidade Por Fi desde sua proposta, despertou o maior interesse na turma.
Quando combinei com os alunos e agendei a visita, senti que eles estavam realmente motivados, cheios de expectativas e curiosidades.
O encontro dos não índios com os índios não poderia ter sido mais maravilhoso.
Os alunos logo que chegaram se identificaram com as crianças índias, partilharam o lanche, assistiram a aula ministrada pelo professor Dorvalino, caminhavam pela aldeia como se pertencessem a mesma tribo, em total harmonia. Alguns alunos se mantinham distantes apenas observando, outros, ao contrário perguntavam muito sem conter a curiosidade sobre o que viam. Porém, o ponto alto da visita foram as sábias palavras do professor Dorvalino que fez uma palestra sobre a cultura Kaingang. O professor falou sobre a importância da educação que os pais devem dar aos filhos, que muitos desses pais delegam para a escola, fazendo um parâmetro entre essa educação e a das crianças da aldeia. O professor falou da importância da disciplina na vida das pessoas, da cura de doenças através de plantas medicinais encontradas na mata, da gestação das índias, do pré-natal e do parto, do desejo de ver a aldeia construída de forma planejada, da luta para manter e preservar a cultura Kaingang.
As crianças índias apresentaram para os visitantes uma dança de guerra, coordenados pelo professor Dorvalino, que deixou o grupo fascinado.
Acredito que a saída de campo teve seus objetivos plenamente alcançados, considerando que durante a análise sobre o passeio os alunos demonstraram, através de argumentações, o entendimento da importância cultural das comunidades indígenas, perceberam em nossa língua e nos nossos costumes, a presença dessa cultura tão rica e formadora da nossa brasilidade, identificando nos próprios colegas semelhanças físicas, como a cor de pele, cabelo escorrido e traços fisionômicos.
Certamente esse passeio contribuiu para formar seres humanos mais justos, que primem pela igualdade, pelo respeito à diversidade, na busca de um mundo melhor para todos, através de uma convivência plural e lin

Relatório do encontro dos alunos da 4ª série da Escola Estadual Caetano Gonçalves da Silva e a Grupo Indígena Kaingang, Comunidade Por Fi.


Data: 26/05

Local: Estrada do Quilombo, 1015 - Bairro Feitoria Seller, São Leopoldo.

Público Alvo: alunos, comunidade escolar, educadores.

Objetivo Geral: Conhecer o modo de vida da aldeia Kaingang, respeitando e valorizando sua contribuição cultural.

Objetivo Específico: Reconhecer a importância da influência da cultura
Indígena na nossa cultura.


A saída de Campo com o objetivo de visitar a Comunidade Por Fi desde sua proposta, despertou o maior interesse na turma.
Quando combinei com os alunos e agendei a visita, senti que eles estavam realmente motivados, cheios de expectativas e curiosidades.
O encontro dos não índios com os índios não poderia ter sido mais maravilhoso.
Os alunos logo que chegaram se identificaram com as crianças índias, partilharam o lanche, assistiram a aula ministrada pelo professor Dorvalino, caminhavam pela aldeia como se pertencessem a mesma tribo, em total harmonia. Alguns alunos se mantinham distantes apenas observando, outros, ao contrário perguntavam muito sem conter a curiosidade sobre o que viam. Porém, o ponto alto da visita foram as sábias palavras do professor Dorvalino que fez uma palestra sobre a cultura Kaingang. O professor falou sobre a importância da educação que os pais devem dar aos filhos, que muitos desses pais delegam para a escola, fazendo um parâmetro entre essa educação e a das crianças da aldeia. O professor falou da importância da disciplina na vida das pessoas, da cura de doenças através de plantas medicinais encontradas na mata, da gestação das índias, do pré-natal e do parto, do desejo de ver a aldeia construída de forma planejada, da luta para manter e preservar a cultura Kaingang.
As crianças índias apresentaram para os visitantes uma dança de guerra, coordenados pelo professor Dorvalino, que deixou o grupo fascinado.
Acredito que a saída de campo teve seus objetivos plenamente alcançados, considerando que durante a análise sobre o passeio os alunos demonstraram, através de argumentações, o entendimento da importância cultural das comunidades indígenas, perceberam em nossa língua e nos nossos costumes, a presença dessa cultura tão rica e formadora da nossa brasilidade, identificando nos próprios colegas semelhanças físicas, como a cor de pele, cabelo escorrido e traços fisionômicos.
Certamente esse passeio contribuiu para formar seres humanos mais justos, que primem pela igualdade, pelo respeito à diversidade, na busca de um mundo melhor para todos, através de uma convivência plural e linear.

sábado, 22 de maio de 2010

Geometria

A importância da Geometria

Espaço e Forma

Sabe-se hoje que na formação global dos indivíduos a Geometria possui tanta importância quanto os números, pois é através dela que desenvolvemos ideias que possibilitam a compreensão e o entendimento do mundo.

Há algum tempo a Geometria havia sido esquecida na elaboração dos Currículos ou sendo adiada para ser trabalhada no final do ano letivo se houvesse tempo, não sendo valorizada e colocada em segundo plano.

Porém, os conteúdos propostos pelos PCNs, alertam sobre a importância da Geometria,onde o aluno descobre relações através das observações e experimentações do mundo físico e adquire um sentido espacial ao construir,desenhar, medir,visualizar,comparar, transformar e classificar.A Geometria possibilita ainda, a integração e aplicação em outros campos do conhecimento, levantando situações-problema que são muitas vezes de natureza interdisciplinar pois desenvolve a habilidade de observar o espaço tridimensional e de representá-lo.

Hoje, percebo em minha prática, que ao abordar a Geometria, imediatamento percebo o interesse e curiosidade dos alunos, sinto que eles se identificam com o conteúdo e desenvolvem as atividades propostas com prazer.

Materializo hoje que a compreensão do espaço com suas dimensões e formas de constituição, são elementos necessários para a formação do aluno na fase inicial dos estudos de Geometria, para que possa desenvolver um tipo especial de pensamento que lhe permita compreender, descrever e representar, de forma organizada e concisa, o mundo em que vive, estimulando a observar, perceber, semelhanças, diferenças, identificando regularidades e irregularidades.

Concluo, acreditando ser de extrema importância que o aluno perceba que o espaço é constituído de três dimensões:comprimento, largura e altura e que as figuras geométricas são constituídas por uma, duas ou três dimensões.

Sendo igualmente importante que o aluno perceba que as formas geométricas estão presentes na natureza e nos objetos construídos pelo homem e ser provocado a estabelecer relações entre pessoas, lugares e objetos do espaço.

domingo, 16 de maio de 2010

A descendência afro-brasileira

Nosso sangue afro-brasileiro

A Lei 10.639/2003, que determina a obrigatoriedade de incluir a temática "História e Cultura Afro-brasileira e Indígena" no Currículo do ensino público e privado do país, possibilitou a reparação das injustiças e desigualdades sociais.

Ao desenvolver o tema sobre a afro-descendência procurei trazer à consciência nas atividades propostas,a importância da presença africana na formação étnica e cultural brasileira e sul-riograndense, estimulando os alunos a construir noções claras da importância dos povos africanos na formação do Brasil atual.

Ao abordar a história da escravidão no Brasil, os alunos entenderam a conexão existente, em relação à situação dos negros brasileiros, que entre outros problemas, enfrentam muitos preconceitos, trazendo esses questionamentos para a realidade da sala de aula, buscando a formação de sujeitos íntegros, que valorizem o ser humano sem distinção, em atitude de acolhimento, pluralizando as relações, respeitando as especificidades culturais de todas as etnias.

Na troca de ideias, os alunos construíram o entendimento que o indivíduo independentemente do grupo étnico a que pertença é formador do patrimônio da sociedade brasileira, onde o primeiro desafio é o entendimento da identidade, pois a criança negra precisa se ver como negra e a aprender a respeitar a imagem que tem de si.

Vimos na Interdisciplina Questões Étnicos Raciais na Educação a Síntese da Dissertação do Mestrado em Educação, para a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, onde Marilene Leal Paré nos diz que as relações na escola podem ser libertadoras ou inibidoras do processo de aprendizagem, sobre a importância da escola sobre o aluno negro, da relevância da relação positiva entre professor e aluno, da valorização do professor sobre esse aluno,onde ele possa desenvolver e fortalecer sua autoestima, e se essa valorização não existir, o aluno poderá desenvolver mecanismos de defesa que prejudicariam seu desenvolvimento pleno de aprendizagem, chegando muitas vezes a evasão.

O meu objetivo ao desenvolver a temática foi alcançado de uma forma muito prazerosa, pois além do conhecimento construído em relação a influência étnico e cultural africana,semeamos a igualdade e pregamos a total ausência de descriminação.

Compartilho aqui um fragmento de texto que trabalhei com os alunos:

Ser negro no Sul hoje...

O preconceito continua firme, em cada rua, em quada quadra, em cada cidade dessa região tão rica e tão suprema.O negro continua acorrentado sem saber o que fazer, porque continua excluído da sociedade branca dominante. Em pleno século XXI, o negro continua pedindo licença para viver[..] A verdadeira carta de alforria ainda está por vir.

Álvaro Cesar de Almeida, Jornal Abibiman, Arcoverde, fev. 2004.

domingo, 9 de maio de 2010

A importância da contação de histórias



A contação de histórias é uma aliada na construção da aprendizagem em qualquer série e modalidade escolar, buscando construir nos alunos o gosto pela leitura, oportunizando e criando condições, para que através da contação, se estruture um indivíduo crítico, que atue de forma transformadora na sociedade em que atua.
O aluno enquanto ouvinte, aprende a se conhecer melhor, descobrir preferências, vai do real para o imaginário, se transporta, cria e recria, transcende...buscando o entendimento do mundo que o cerca.Procuro ouvir os alunos sobre suas preferências em relação as histórias a serem lidas porém, muitas vezes, incluo no planejamento, buscando a interdisciplinaridade , histórias que complementem os conteúdos desenvolvidos em sala de aula.
Atualmente, estou trabalhando o livro Mitos e Lendas do Rio Grande do Sul de Antônio Augusto Fagundes, Ciclo das Lendas Indígenas, aliando aos conteúdos desenvolvidos e ao tema do Projeto, que refere-se a diversidade étnica.
Tenho a convicção que os momentos de contação de histórias, para meus alunos são inesquecíveis.Vejo no olhar de cada um o encantamento, pois busco na alternância da voz, na incorporação dos personegens, no suspense, prender a atenção, buscar o envolvimento, o prazer, pois o ato de contação é mágico...
Sempre em minha docência, fui uma professora contadora de histórias, pois sempre acreditei que esse gesto passava pelo aconchego, pelo acolhimento.Hoje, porém sei que o valor é ainda maior pois incentiva os alunos a desenvolverem o gosto pela leitura, a desenvolverem a sensibilidade, contribuindo para o exercício da criticidade.
Jamais esqueço as palavras do aluno Maxuel, no ano passado, quando nos preparávamos para a contação, os alunos sentados no chão, junto a mim , e um aluno não se acomodava, perturbando o início da história: -Dudu, fica quieto, não quebra o encanto...A história contada era o Mito "O Lobisomem no folclore gaúcho".

domingo, 2 de maio de 2010

Produção Textual

A atividade foi realizada com o objetivo de proporcionar aos alunos uma oportunidade em que o conhecimento fosse produzido e construído pela ação, reflexão e interação.Sabe-se que a leitura e a escrita se complementam, pois através da leitura, o aluno encontra subsídios para suas produções, familiarizando-se com as normas ortográficas e os diversos tipos de gêneros textuais.Nesse contexto, enquanto conhece e apropria-se da língua materna o indivíduo participa ativa e criticamente da sociedade em que está inserido,valendo-se da linguagem para expressar suas ideias e opiniões, considerando as opiniões contrárias e exercitando a argumentação.

Tendo convicção que a leitura e o processo de produção textual, bem como a aprendizagem, devem fazer sentido para o aluno que após a discussão e debates sobre o tema "Convivendo com as Diferenças"sugeri que os alunos fizessem duplas para realizar a produção.Um aluno ficaria encarregado de registrar a opinião da dupla e o outro faria o papel de revisor, fazendo as alterações ortográficas que julgasse pertinentes.

Acredito que o objetivo foi alcançado, pois as duplas problematizaram sua escrita, ressignificando e favorecendo a autocorreção informativa, onde levantaram questionamentos acerca das incorreções ortográficas, estrutura do texto,coerência nos fatos e clareza nas informações.

Ao propor a produção textual o objetivo maior era que os alunos encontrassem nessa atividade, uma forma legítima de expressão, através da análise crítica e a revisão dos conhecimentos linguísticos, onde puderam revisar a própria fala que transferem para a escrita, observando a clareza, adequação, coerência e coesão.

A autocorreção textual tem como objetivo que os alunos se coloquem no lugar do leitor buscando a formação de um leitor crítico, que seja capaz de refletir, recriar, indo além das convicções linguísticas.



segunda-feira, 26 de abril de 2010






A medida que desenvolvo o projeto pedagógico que propus, materializo um prazer muito grande em relatar como se efetiva esse processo e o resultado obtido na construção da aprendizagem, fato que me desperta surpresa, me impulsiona, me dá prazer... Tanto a vontade de presenciar a forma em que a aprendizagem está acontecendo como o de relatá-la aqui nesse espaço virtual.

Ao desenvolver o assunto "a Chegada dos Europeus"- Assim começa a nossa História, questionei os alunos sobre o que sabiam sobre o início do nosso País, como aconteceu a sua "descoberta".Responderam o que sabiam: -O Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500...Revidei:- Como descoberto? Por que descoberto?Por onde Pedro Álvares Cabral chegou? De onde veio? Por que veio?O que queria? O que encontrou? Silêncio.

Na sequência muita leitura,discussões, questionamentos...Nesse momento a ajuda do mapa Mundi é muito importante, afinal eles queriam saber o trajeto das Grandes Viagens Marítimas, o motivo pelo qual homens se aventuraram em alto mar.Adoraram a roda de conversa e as perguntas se multiplicavam...Resumindo, ao término da aula já estavam apropriados e detentores do seu próprio conhecimento.

Os alunos ficaram fascinados em constatar as diferenças entre as culturas dos povos nativos da América e os portugueses, o fato do encontro entre os dois povos ter causado estranhamento mútuo, pois ambos não podiam compreender a cultura um do outro e sobretudo, a intencionalidade da esquadra de Cabral.

Os alunos amaram o texto no qual o francês Jean de Léry, que esteve na América no século XVI, onde descreve uma conversa que teve com um velho Tupinambá, o qual compartilho aqui:

Culturas Diferentes

- Por que vinde vós, outros, maíres e perós, buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?

- Respondi que tínhamos muita, mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos como ele o supunha,ma s dela extraíamos tinta para tingir, tal qual faziam eles com seus cordões de algodão e suas plumas.

Retrucou o velho imediatamente:

- E por ventura precisais de muito?

- Sim - respondi-lhe -, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas,tesouras,espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar.E um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados.

- Ah! - retrucou o selvagem - tu me contas maravilhas, mas esse homem tão rico de que me falas não morre?

- Sim - eu disse - , morre como os outros.

Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo:

- E quando morrem para quem fica o que deixam?

- Para os seus filhos, se os têm - respondi, na falta destes, para os irmãos e parentes mais próximos.

- Na verdade - continuou o velho, que, como vereis, não era nem um tolo - , agora vejo que vós outros maíres sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos que amamos; mas estamos certos que depois de nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.

Adaptado de: Viagem à terra do Brasil, Jean de Léry,1578

Ficou presente para os alunos o sentimento de amor e preservação à natureza dos índios e da ganância exacerbada do portugueses, e como o fato histórico não é isolado ou estanque falamos da condição de explorador e exploração, que o Brasil apesar de tão rico foi colônia de Portugal durante tanto tempo, na condição de subserviência, aos mandatários capitalistas, subserviência que permanece até hoje, apenas com a localização geográfica modificada, onde o capitalismo e o poder se concentram nas mãos de poucos em detrimento da pobreza e sofrimento de muitos.Acredito que trabalhar a história é sempre um exercício de reflexão, de introspecção,na busca de ações e posicionamentos críticos que promovam mudanças...

Dessa forma materializo, nessa trajetória, a consciência que no ensino da História não há um procedimento único, mas práticas plurais, que remetem a um conjunto de encaminhamentos metodológicos significativos , os quais desenvolvem o pensamento crítico, analítico e reflexivo,buscando a formação de sujeitos comprometidos com sua cidadania.

Contextualização da Aprendizagem

Ao desenvolver o assunto Relevo do RS, abordamos as características das diferentes paisagens e as modificações que essas paisagens sofrem pela ação da natureza e do próprio homem.

Buscando alternativas para que se efetive uma aprendizagem interessante e significativa combinei com os alunos a construção de uma maquete para representar as formas de relevo do nosso Estado.

Solicitei aos alunos que formassem grupos de 4 componentes, que escolhessem seu pares utilizando os critérios que considerassem relevantes.

Os pais se envolveram, participaram na compra dos materiais, garimparam e reciclaram materiais junto às crianças o que tornou a atividade realmente interativa.

No desenvolvimento e apresentação das maquetes percebi que a atividade proposta despertou nos alunos o prazer em aprender através da descoberta, onde eles revelam sua autoria,onde a divisão das responsabilidades e o trabalho em equipe, favorecem a socialização e a interação.

Como educadora,acredito que busquei um instrumento diferenciado para avaliar o conhecimento construído pelos alunos, pois nas respostas de uma avaliação formal onde perguntas objetivas e estanques, através de avaliações dissertativas, sugerem respostas memorizadas, seria improvável que eu conseguisse avaliar de forma justa o referido tema.

Vi o brilho, no olhar de cada aluno, o orgulho que sentiram do trabalho construído, o sentimento de serem avaliados por outro instrumento de avaliação.

Enfim, o objetivo proposto foi alcançado com louvor, pois envolveu criatividade,interação, habilidade e prazer em construir a aprendizagem.

domingo, 18 de abril de 2010

Reflexão Estágio Curricular




No desenvolvimento da prática dessa semana percebi que o ensino e a aprendizagem deve ter como foco principal a responsabilidade em formar alunos conscientes de sua responsabilidade social com o objetivo de transformarem, como sujeitos críticos e atuantes, o mundo em que vivem.

Essa postura certamente perpassa pelo autoconhecimento, a valorização da família como primeiro grupo social, da comunidade, das ações de todos os envolvidos nesse processo.

A discussão que começamos em torno da diversidade, foi de extrema importância, pois existem na turma alunos preconceituosos em que muitas vezes precisei interceder quando presenciei atitudes discriminatórias em relação aos colegas.Percebi também que alguns alunos desconheciam o seu valor pessoal, o valor do outro como indivíduo e o de sua própria família, considerando que seus colegas em sua negritude ou pobreza extrema fossem seres "menores" e sem muita importância.

O tema abordado possibilitou uma discussão rica, a formação de um pensamento reflexivo que permitiu o crescimento do grupo e uma prática significativa.Observei mudanças nas interações e se isso aconteceu, certamente os alunos forma tocados.

Percebi na turma a sensação de pertencimento na construção da linha do tempo e no debate sobre a importância da família, onde os alunos situaram-se como sujeitos, inseridos em um grupo social e com responsabilidades em relação a construção de uma sociedade mais justa, onde fazem parte do patrimônio histórico cultural da sociedade.






segunda-feira, 12 de abril de 2010

Avaliação

O PPP da minha escola prevê a divisão do ano letivo em três trimestres, totalizando 100 pontos em cada um deles.
O aluno deverá alcançar nas avalições no mínimo 60 pontos em cada trimestre para obter aprovação e a recuperação é realizada durante o processo.As notas são globalizadas e deve ser oferecido ao aluno, no mínimo duas avaliações por disciplina em cada trimente.
Acredito que a avaliação deveria transpor essa visão tradicional, que mensura a aprendizagem através de notas e conceitos mas usar a avaliação com o objetivo de orientar e sustentar a intervenção pedagógica.
A avaliação deve oportunizar o diagnóstico da aprendizagem, possibilitando rever estratégias, definir métodos, estabelecer prioridades, buscando o aprimoramento da aprendizagem.Portanto, as avaliaçãoe formais não devem ser um instrumento estanque mas ser fonte permanente de observações, de avaliações contínuas, avaliando a criatividade e a interação.
Por conseguinte, os instrumentos de avaliação devem ser diversificados e irem além dos conteúdos conceituais mas incluindo também os conteúdos procedimentais e atitudinais, oferecendo a oportunidade do aluno se autoavaliar.
Porém, no contexto escolar, grande parte dos docentes descumpre o que é previsto, jogando todas as expectativas em uma única avaliação"puxada" que funciona como um "castigo"e os pais acreditam que é a materialização do saber.

domingo, 4 de abril de 2010

Produção de Textos


É de grande importância a construção de textos e a autoavaliação, pois enquanto os alunos releem e reescrevem o texto, colocam-se na condição de leitores e buscam qualificar sua escrita e através da análise refletem e recriam, transpondo às adequações linguísticas.

É também importante o estudo do texto, que proporciona aos alunos desenvolverem diferentes habilidades, através de análises, comparações, elaboração de opinião e julgamentos, pois a aprendizagem se materializa através do processo vivenciado pelo aluno e suas interações com o objeto do conhecimento.

Os alunos realizaram a socialização da produção textual, através da leitura dos textos para os colegas e a posterior troca de textos para que todos tomem conhecimento da produção textual realizada pelo colega.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Estágio e Prática

Após toda a caminhada como aluna PEAD-UFRGS, a qual procurei realizar com o melhor desempenho possível, chega ao momento de vincular toda a bagagem adquirida ao meu fazer pedagógico e trazer para a realidade da minha sala de aula as aprendizagens significativas que construí, para a partir delas, ressignificar a aprendizagem de meus alunos.
Vou realizar meu estágio, na escola em que atuo há 22 anos, na qual tenho muito prazer e alegria em trabalhar e que faz parte da minha vida.
A escola Caetano Gonçalves da Silva, se localiza no mesmo bairro em que resido, onde conheço os alunos pelo nome, a história de suas famílias e onde os pais e familiares foram meus alunos no Supletivo e hoje as crianças estudam comigo na quarta série.
Certamente, ficará evidente a mudança que ocorreu em mim como educadora, mostrará uma profissional muito distante e diferente da professora conteúdista e formal, que imaginava que quanto maior fosse o seu conhecimento melhor seus alunos aprenderiam.
Hoje, sei que vou levar para o espaço escolar outra visão, repensando a prática, levando o aluno a construir sua aprendizagem na interação com o objeto de seu conhecimento, onde eu possa mediar esse momento, para que os alunos construindo e reformulando hipóteses, promovam o seu progresso cognitivo, observando sempre as necessidades, diferenças e singularidades.