sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Projeto de Aprendizagem e planejamento

Inúmeras vezes em minha prática, levei até os alunos, aulas e conteúdos fragmentados, descontextualizados, acreditando que a construção da aprendizagem não estava relacionada a construção de um planejamento prévio.Através das leituras e trabalhos propostos das interdisciplinas do Eixo VII, percebi claramente a intenção e o objetivo da aprendizagem através de um PA.
Ao desenvolver o projeto "Missões Jesuíticas", ficou evidente o envolvimento dos alunos, o prazer da descoberta, da pesquisa e a interação que ocorreu de forma permanente durante a realização do projeto.
Os alunos se comprometeram com a aprendizagem, se mobilizaram, valorizando dessa forma a expressão do seu saber, contribuindo para a construção de um novo conhecimento através da cooperação e da autoria.
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domingo, 15 de novembro de 2009

Projeto Missões Jesuíticas

A relevância do assunto encontra consonância nos Parâmetros Curriculares Nacionais “ao reconhecer as formas de organização social das comunidades indígenas e descobrir seu universo cultural, a criança treina seu olhar para o outro, desmonta preconceitos e compreende a diversidade cultural encoberta pela denominação cultura brasileira”.
Durante o desenvolvimento do PA os alunos se mantiveram interessados, investigativos, mantendo o foco de interesse, favorecendo dessa forma, uma aprendizagem rica e significativa entre os envolvidos, através de conteúdos interdisciplinares e contextualizados.
O passeio pedagógico às Missões Jesuíticas aconteceu nos dias 05 e 06/11/09, com os alunos da turma 41 e 42, da EEEM Caetano Gonçalves da Silva, em que atuo.


Escola Estadual de Ensino Médio Caetano Gonçalves da Silva
Publico Alvo: 4° série.
Turmas 41 e 42
Professora: Roseli Roos
Projeto: CULTURA INDÍGENA

Objetivos:
Reconhecer a forma de organização social das comunidades indígenas;
Compreender a importância da cultura indígena, desfazendo preconceitos em relação à mesma;
Apresentar conteúdos que possibilitem aos alunos construir suas compreensões através de situações que permitam fazer comparação entre diferentes versões de um mesmo acontecimento;
Reconhecer as Missões Jesuíticas como um espaço de proteção e violência, mostrando essa ambivalência, procurando fugir de explicações maniqueístas;
Reconhecer os povos indígenas e suas culturas como formadores do estado do Rio Grande do Sul.

Conteúdos:
Leitura e interpretação de documentos e textos;
Exploração de fotos que possibilitem a reflexão sobre as semelhanças e diferenças existentes entre as diferentes épocas;
Levantamento do vocabulário indígena desconhecido pelos alunos com seu respectivo significado;
Construção de maquete representativa da vivência indígena (moradia, festas,rituais);
Leitura de mitos e lendas indígenas e dramatização dos mesmos;
Releitura de gravuras;
Utilização de diferentes formas geométricas para a construção das maquetes;
Leitura de mapas e localização das tribos indígenas existentes;
Confecção de flauta Tukano e Zunidor Kamayurá;
Valorização das danças e músicas através de paródias e teatro.
Exposição de maquetes, instrumentos musicais, palavras indígenas no auditório da escola.

Recursos:
CD’s;
Vídeos;
Internet;
Blocos Lógicos;
Livros didáticos;
Exploração de imagens;
Entrevistas;
Consultas a documentos;
Jornais;
Trabalhos em grupo;
Mapas;
Argila;
Tinta colorida;
Visita pedagógica às Ruínas de São Miguel.


Competências:
· Reconheçam a importância dos grupos indígenas como formadores do povo brasileiro;
· Entendam o modo de vida de um grupo indígena, respeitando suas especificidades culturais e identificando em que aspectos sua comunidade é diferente;
· Aprendam a consultar documentos históricos e outras fontes de informação para desenvolver a leitura crítica e ampliar seus conhecimentos;
· Conheçam e valorizem o patrimônio cultural de outros povos;
· Tenham noção clara do tempo (passado, presente e futuro) e sejam capazes de comparar os acontecimentos de épocas distintas;
· Desenvolvam habilidades de pensamento como analisar, classificar, comentar, comparar, concluir, criticar, explicar, justificar e seriar.


Procedimentos:

Desenvolvo com as 4° séries projetos que envolvem a formação histórica do RS, incluindo-se dessa forma os imigrantes europeus, os negros e os índios na construção do estado e país.
Antes de conhecer os grupos sociais que o antecederam o aluno precisa compreender que ele próprio, sua família e comunidade são grupos sociais importantes e fazem parte da construção de seu estado e país.
A valorização dos grupos sociais traz, ao aluno, a certeza de seu pertencimento como indivíduo e como cidadão e a consciência de que faz parte do processo histórico.
Quando os alunos conhecem a realidade e contribuições de outros grupos sociais aprendem a respeitar diferenças e a valorizar as contribuições culturais de outros povos.

“Acho que a convivência com o homem branco é boa, desde que possam manter nossa identidade e cultura indígena. Temos que proteger a cultura branca para proteger a nossa”.
Jesus Tserenhihi – Grupo Indígena Xavante.
( Fonte: Bate-papo virtual com Jesus Tserenhihi, UOL, 21/02/2000)


Esteio, 03 de novembro de 2009.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Filme "Menino Selvagem"

Os seres humanos são um produto da sociedade onde crescem e vivem.O menino Victor por ser diferente, foi rejeitado e dito incapaz.Estimulado pelo médico Itard começou a desenvolver as competências inerentes à inteligência e comportamento humano, foram desenvolvidas as aprendizagens culturais, da fala, interação, expressão da emoção...
Enfim ao assistir ao filme e realizar as leituras sugeridas materializei e interiorizei que: *a formação dos cidadãos perpassam por aspectos culturais e sociais. *o educar deve prescindir do ato de amor, de afeto, colocando-se o educador no lugar do outro, experimentando todas as possibilidades para a efetivação de uma aprendizagem significativa. *a formação de alunos com necessidades educacionais especiais deve ser feita com muito comprometimento e seriedade.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Planejamento e Aprendizagem

A contextualização passou a ser referida pela LDB/1996, estando definidos nos PCNs, que se estabeleçam relações entre os conteúdos trabalhados e o contexto, para que a aprendizagem se materialize de forma significativa e para que o aluno possa construir com autoria e autonomia sua aprendizagem .
Penso que nem todos os educadores trazem para a prática conteúdos interdisciplinares, significativos e contextualizados, estando eles ligados à forma tradicional de aprendizagem.
Francamente, até então, sempre pensei que a qualidade da aprendizagem estava estritamente ligada a transmissão formal de conhecimentos, acreditando que quanto maior fosse o meu conhecimento sobre os conteúdos a serem trabalhados, maior seria a chance de aprendizagem dos alunos, oferecendo a eles conteúdos fragmentados, compartimentados, estanques, que eram aprendidos mecanicamente através da memorização, sem planejamento prévio, favorecendo assim, a indisciplina e o desinteresse.
Sei que o planejamento por si só não é garantia de aprendizagem, mas permite a sistematização das ações tendo como finalidade a organização dessas, buscando adequá-las, favorecendo a aprendizagem e sua construção, estabelecendo um eixo, uma orientação,materializando assim a aprendizagem através da interação dos envolvidos nesse processo.
Ao planejar, pensar, reformular, adequar ações, métodos, recursos, penso e organizo minha aula de forma única e pessoal, posibilitando aos alunos que se apropriem dos conhecimentos e habilidades que contribuirão na formação de sua cidadania.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

EJA-Alfabetização de adultos

Acredito que a alfabetização de jovens e adultos na modalidade EJA deve precindir dos processos idênticos à lfabetização de crianças do ensino fundamental regular, devendo ser associada e representar o universo dos alunos, de forma interdisciplinar e contextualizada, permitindo a construção de sujeitos críticos, através da interação e da reflexão.
Oportunizar ao aluno que expresse livremente suas dificuldades e necessidades em um ambiente de acolhimento, fazendo a leitura que o aluno da EJA possui um perfil diferenciado, considerando que muitos pertencem as classes operária e as dificuldades referentes a exclusão social são imensas.Cabe à escola e ao educador oferecer a esses alunos um ambiente prazeroso de aprendizagem, para que resgatem a auto estima e a evasão escolar diminua.Que essa clientela encontre no espaço escolar a possibilidade de recuperar com qualidade a aprendizagem e que sintam-se cidadãos atuantes na construção do saber e da sua cidadania.
O espaço escolar necessita, independente da modalidade que ofereça, é de profissionais da educação comprometidos, que desejam mudanças, que respeitam a individualidade e singularidade dos alunos,distanciando-se dos rótulos que mutilam e excluem.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A escola e os diferentes tipos de linguagem

Para despertar e manter o interesse dos alunos nas construções dos diferentes tipos de linguagem, é preciso que estes percebam que a língua é um bem sócio-cultural e que o conhecimento dela irá permitir que analise e compreenda o mundo, possibilitando que atue consciente e criticamente no exercício de sua cidadania.
Os conteúdos que a escola oferece, devem contemplar uma proposta com diferentes situações de interação, através da linguagem oral e escrita, considerando que o aluno aprende por meio de práticas significativas e contextualizadas.
As práticas educativas devem nortear as seguintes concepções:
*Oferecer e estimular o aluno no contato permanente de material escrito:jornais, autdoors, normas, leis, avisos, obras literárias, etc... para que ele possa estabelecer relações, emitir opinião, se expressar criticamente.
*Familiarizar o aluno com textos literários e jornalísticos que despertem o seu interesse e favoreçam a ampliação de seu recurso linguístico.
*Favorecer e valorizar os avanços e entender os recuos ou retocessos durante o processo de apropriação da linguagem, como uma situação natural na construção da aprendizagem.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito?

Os sujeitos adquirem, transformam e se apropriam do conhecimento, através da ação que exercem sobre ele, mediados pela interação entre os pares.O processo de aquisição da linguagem ocorre da mesma forma, nas práticas sociais.
São nas situações linguisticamente significativas, que se dá a expansão da capacidade de uso da linguagem e a construção ativa de novas capacidades, que possibilitam e determinam o domínio cada vez maior dos diferentes tipos de escrita.
No espaço escolar, o uso da linguagem, deve objetivar a reflexão para que se construam instrumentos que permitirão à criança desenvolver a competência discursiva para falar, escutar, ler e escrever, através das diversas situações de interação, na busca de sua autonomia .

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Expectativas do 7° Semestre

Espero nesse semestre ter o máximo de aproveitamento, como nos demais já cursados.Encarar o curso com seriedade e responsabilidade é uma meta presente na minha vida e faz parte do meu perfil.As dificuldades referentes ao exercício de minha docência e as preocupações diárias, terão que ser administradas e adequadas,priorizando os estudos.
Acredito que as adversidades não devem fragilizar e sim servir de impulso para a busca de novas conquistas e realizações.Os anos passaram rapidamente e sei que esse tempo deixará saudades e quando revejo meus manuscritos, que foram transformados em produções e postagens, percebo o quanto mudei como profissional e ser humano.Enfim, o final do curso se aproxima e com ele a realização de um sonho!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A Pedagogia e Kant

Importante e oportuna a leitura proposta pela interdisciplina de Filosofia pois educação e disciplina são assuntos pontuados rotineiramente no ambiente escolar.
Instituir limites e regras são atibuições difíceis de materializar,mas certamente são necessidades básicas na convivência humana, que nos afasta da animalidade e possibilita uma convivência mais justa e harmoniosa.
Acredito que hoje, parte da sociedade tenha perdido a referência desses valores e que alguns pais tercearizam a educação de seus filhos, exclusivamente para a escola.Quando a criança não encontra na família valores essenciais para um desenvolvimento social adequado , aumenta a responsabilidade da escola como instituição, devendo esta, ter limites e regras claras para que se efetive a disciplina e a educação, afastando dessa forma, os indivíduos da servidão e da ignorância, aproximando-os da emancipação humana.

Desenvolvimento Moral

Situações de violência, onde os alunos se defendem e manifestam suas insatisfações de forma agressiva, fazem parte do cotidiano escolar.
Trabalhamos com indivíduos em fase de formação no sentido amplo da palavra e devemos ser criteriosos no que refere-se a intervenção do professor nas situações de violência.Rotular os alunos, fadando-os como alunos-problema e de difícil relacionamento, estamos distanciando-os da construção de sua autonomia, quando na verdade, devemos intervir de forma construtiva, baseando-nos no diálogo, para que na reflexão comum do fato ocorrido, sem procurar culpados ou inocentes,possibilitando o entendimento de que essas ações determinam uma fase de construção interna, onde a criança, através da verbalização e materialização de suas angústias construa o auto-conhecimento estruturando de forma tranquila o seu processo de desenvolvimento moral.

sábado, 30 de maio de 2009

O Clube do Imperador

O filme sugerido pela Interdisciplina de Filosofia, O Clube do Imperador, nos remete a questionamentos sobre o real papel do profesor.Nos faz perceber a importância da família e da escola na formação do caráter dos indivíduos, trás à consciência o verdadeiro sentido da educação.A educação que transcende ao formalismo dos conteúdos, que extrapola, que resgata os alunos, que mostra o bem e o mal, que orienta , que sabe ouvir,que busca entendimento nos conflitos e dificuldades, que entende e respeita cada um na sua singularidade e que acaba consciente ou inconscientemente apregoando valores morais e éticos, os quais considera importantes para uma convivência digna e harmoniosa.Elaborando o filme e o ensaio de Adorno pensamos e acreditamos no seguinte: A educação produz a consciência crítica e libertadora,sendo responsável pela descontinuidade da opressão e da barbárie.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Etnias e Aula Presencial

O encontro presencial que tivemos ontem dia 20-05, foi de grande importância e muitíssimo rico.
Foi um momento de descobertas que proporcionou auto-conhecimento e a expressão de emoções e sentimentos relacionados à nossa prática e a nós mesmas.
A professora Hilda falou que a UFRGS é pioneira no Curso de Graduação de Pedagogia, oferecendo uma interdisciplina que trata especificamente das Etnias, o que nos enche de orgulho e multiplica a responsabilidade como educadoras.
Fomos questionadas pela professora Hilda sobre o motivo da Universidade ter inserido a Interdisciplina Questões Étnico-Raciais na Educação no curso de Pedagogia.
Acredito que por ser a escola responsável por mudanças, ter um papel social,ser um espaço de acolhida, que busca o respeito à diversidade, na construção da identidade do indivíduo, de orientá-lo na sua formação de cidadão e na conscientização da pluralidade que somos constituídos.
A escola é o espaço propício para se dismistificarem paradigmas e idéias pré-concebidas, onde a discussão e desacomodação devem provocar mudanças.
É na escola que deve se fortalecer a convivência, distanciando-se do preconceito, onde todos se reconheçam diferentes e que busquem no outro a completude.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Conexão Brasil-África

A Lei n° 10.639 rompe com a ordem dos currículos ao propor um novo conhecimento científico contrário à superioridade da produção cultural européia, isto é, o mundo não se resume às conquistas e derrotas do continente europeu, esse documento determina que a história da África seja vista com outro enfoque, não falando somente da miséria que atinge o continente, juntamente com os PCNs que orientam a promoção da igualdade, em um de seus temas transversais, a Pluralidade Cultural.
Contrariando ao que define a Lei e descumprindo o que prevê os PCNs a escola em que trabalho, somente em 2008, inseriu no seu PPP e Plano de Estudos o que a Lei determina.
Não deveria a escola, como responsável pela formação de alunos críticos, conscientes e cidadãos, ser a primeira em reparar tal conduta?
Será que a diversidade étnica e as relações inter-raciais não existiam antes da definição dos PCNs e da homologação da Lei?
O mundo seria constituído, por acaso, somente por indivíduos brancos, ou pelo continente europeu?
A discriminação existe sim, a começar pelo currículo escolar que necessitou da obrigatoriedade da Lei para que inserisse o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira no seu Plano de Estudos.
Os Projetos Pedagógicos deveriam ampliar e promover a igualdade racial, quando na verdade ocupam-se de outros temas, deixando para discutir a questão somente em novembro-mês da consciência negra.
Onde fica a valorização, o real conhecimento da comunidade negra que nos cerca?E os ancestrais de nossos alunos negros?Por que a escola trata a historicidade do negro apenas referindo-se à perspectiva da escravidão?
Acredito que ao valorizar a cultura negra, em sala de aula, os demais alunos descobrem caminhos que os distanciam do preconceito, muitas vezes trazidos da família e a relação entre eles melhora e se fortalece.
Precisamos mostrar ao aluno que a cultura da África está em cada um de nós, no somatório das etnias e a identidade da criança negra deve encontrar fortalecimento na escola, desde cedo, para que ela reconheça-se como negra e aprenda a respeitar-se como negra.
É importante que os alunos saibam as causas que fizeram os africanos dispersarem pelo mundo, abordando a história da África anterior à escravidão e sua importância étnica e cultural na formação da nossa brasilidade.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Inclusão

O tema inclusão, felizmente é discutido em todos os lugares, especialmente nas escolas.
Incluir sem nenhum tipo de distinção ou preconceito, com condições e adaptações necessárias ao atendimento dessa clientela é uma atitude humanamente justa e o exercício de um direito.
Devemos ter, nas escolas uma postura de acolhimento e respeito e não de compaixão, através de mudanças estruturais, desde da adaptação do PPP e da filosofia da escola, prevendo a inserção e adequação das práticas pedagógicas, do currículo e da avaliação, para que cada aluno seja considerado e valorizado na sua singularidade.
Incluir é mais do que receber e efetivar a matrícula, é isso sim, proporcionar a esse aluno condições de crescimento, avaliando cada um na individualidade, pelo progresso possível que efetiva, sem estabelecer comparações.

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais