domingo, 27 de junho de 2010

Desenvolvimento pessoal e profissional

Considero, felizmente, que no Estágio Curricular que realizei não encontrei obstáculos, e as dificuldades que ocorreram se referem ao andamento natural do processo.
Encontrei em todos: professores, tutores, direção de escola, alunos e familiares o apoio e parceria necessárias para a efetivação de um excelente trabalho.
Porém o único sentimento que fica foi o fato de não dispor em minha escola de um espaço virtual em que pudesse utilizar as ferramentas tecnológicas, para melhor enriquecer meu fazer pedagógico, ao mesmo tempo fico feliz, pois a escola em parceria com a Petrobrás oferece um curso básico de computação onde os alunos estão inseridos.
Em relação às descobertas eu chamaria de constatação, no que se refere à importância do trabalho pedagógico com PA, onde ficou evidente através dessa prática, o envolvimento dos alunos, o prazer da descoberta, através de conteúdos interdisciplinares que mantiveram os alunos interessados. Os alunos se comprometeram com a aprendizagem, se mobilizaram, valorizando dessa forma a expressão do seu saber, contribuindo para a construção de um novo conhecimento através da cooperação e da autoria. Constatei no desenvolvimento do Projeto que o crescimento é recíproco, pois a aprendizagem é construída de forma investigativa, significativa e contextualizada, oferecendo espaços para que o aluno atue como sujeito, saindo da condição de coadjuvante e expectador passivo, possibilitando dessa forma, o desenvolvimento efetivo de suas capacidades, habilidades e competências, conforme avaliação dos mesmos:
“ Eu achei interessante a forma das tuas aulas, pois senti que aprendi muito
agora as matérias estão todas juntas e eu acho que é muito melhor”(Aluno L)

Concluo com a certeza que crescemos juntos, educadora e educandos, na busca da construção de seres humanos mais justos e respeitosos, tendo a convicção que encontramos na diversidade do contexto escolar a oportunidade de crescimento pessoal e da construção de saberes, que nos permitirão exercer a cidadania em busca de um mundo mais justo e igualitário.

domingo, 20 de junho de 2010

Avaliação Inclusiva

Sempre me questiono, especialmente quando há entrega de notas no fechamento do trimestre, sobre a Avaliação utilizada na minha escola que está prevista em seu PPP.
"Será que ela contempla de forma justa a maioria dos educandos?"
"Os instrumentos ulilizados pelos educadores foram ajustados de acordo com a realidade dos alunos de forma comprometida, buscando a construção de uma aprendizagem significativa, respeitando as individualidades e especificidades?"
"Não estará essa avaliação a serviço da exclusão escolar e social?"
São questionamentos que deveremos discutir com a Comunidade Escolar, para a estruturação de um novo PPP.Porém observo, através de conversas informais com a comunidade, que ela própria enfrenta dificuldades em aceitar uma avaliação disvinculada do processo classificatório, que seleciona e discrimina, não acreditando uma avaliação com caráter diagnóstico, em permanente construção e reconstrução, pois percebo que os pais sentem-se mais seguros diante de cadernos cheios e com testes e provas, pois dessa forma acreditam que podem "ver" ou "comprovar" ou não a aprendizagem de seus filhos.
Procuro ao desenvolver minha prática, buscar formas de avaliar que me permitam ser o mais justa possível em relação ao meu aluno, respeitando sua individualidade,
organizando situações que permitam detectar os conhecimentos prévios levando em respeitando as diferenças individuais.
A avaliação me oferece subsídios para verificar a relação entre o que foi proposto e a aprendizagem efetivamente construída. Avalio para acompanhar as mudanças que ocorrem durante o processo de aquisição do conhecimento, sendo necessário que essa avaliação seja efetivada em forma de acompanhamento diário, sistemático e individualizada, que revele a evolução do indivíduo, com intervenções sempre que houver necessidade.
A avaliação permite a mudança, refazer caminhos, nas transformações que estão sendo provocadas, no aprimoramento contínuo do aluno, visando o pleno desenvolvimento do educando, agregando à avaliação escolar indicadores que possibilitem acompanhar o domínio de competências e habilidades.
Utilizo os critérios expressos no PPP da escola, que se referem ao uso de indicadores qualitativos e quantitativos mensurados em nota e parecer descritivo, de forma concomitante, tendo o cuidado que esses expressem e traduzam informações sobre a evolução e materialização da aprendizagem.
O resultado da avaliação permite o ajuste dos conteúdos desenvolvidos, permitindo clareza no que se efetivou como aprendizagem, indicando caminhos em relação ao que precisa ser retomado, permitindo que se percebam professores e alunos, os avanços e dificuldades.
O processo de avaliação não deve ser uma imposição e sim um ato partilhado e construtivo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Conclusão do Estágio

Reflexão

Semana 9


Sabemos que a escola como instituição plural, deve estar receptiva e se mostrar responsável pelas mudanças de paradigmas e ideias pré-concebidas vindas das mais diferentes representações sociais, na busca do respeito a essas diversidades, para que seja verdadeiramente um espaço inclusivo.
Porém, esse desafio não é tarefa fácil, considerando os valores enraizados, de uma sociedade excludente, que costuma rotular ou ignorar aquilo ou aqueles que são exceção no contexto.
É na heterogeneidade das salas de aula que encontramos a riqueza inesgotável de diferenças étnicas, culturais, de ritmos de aprendizagem que nos possibilita um trabalho rico, através do desempenho docente comprometido, onde o educador seja um aliado na construção do saber, para a formação de sujeitos protagonistas de sua história e de uma convivência respeitosa, igualitária e humana.
O desenvolvimento do Projeto “A diversidade étnica e cultural na educação” me possibilitou como educadora, presenciar mudanças essenciais à convivência, onde os alunos adquiriram consciência da diversidade e desenvolveram o sentimento de interesse e respeito à diferença, no respeito pela figura do outro, no entendimento da contribuição de cada etnia na formação da nossa brasilidade.
No desenvolvimento do Projeto, verifiquei o envolvimento dos alunos com a temática, percebendo o prazer com que participaram das atividades propostas favorecendo a construção de uma aprendizagem significativa.
Encerro o Projeto, mas não a minha docência, que certamente se fortaleceu e qualificou que cresceu junto dos alunos e suas dificuldades, através do construtivo confronto de ideias, na difícil arte de conviver com as diferenças, onde realizamos trocas e interações, onde aprendemos a respeitar a individualidade de todos e a entender a singularidade dos que nos rodeiam, certamente saímos todos ganhadores nessa caminhada e me sinto gratificada, pois considero ter alcançado plenamente os objetivos a que me propus.

domingo, 6 de junho de 2010

Ludicidade na Educação

Acomodados que estamos ainda em aulas estanques e conservadoras, poucos professores se aventuram em proporcionar e fazer da sala de aula um lugar alegre e de brincadeiras, que possibilitem aos alunos a vontade de estarem nesse ambiente e que ele lhes traga uma convivência rica e uma interação prazerosa. As aulas explicativas, vão aos poucos, se tornando interativas e lúdicas, pois somos oriundos de uma cultura onde na escola se aprende os conteúdos, se presta muita atenção e que as brincadeiras ficam para outros momentos, ditos adequados.
Procuro diariamente me distanciar cada vez mais, desse modelo tradicional de sala de aula e de educação, pois através da brincadeira a criança vivencia o lúdico, se conhece e se descobre, exorciza suas angústias e desenvolve sua criatividade, projetando na brincadeira um mundo de faz-de-conta onde são, efetivamente, os protagonistas de suas criações dando significação ao seu imaginário.
“O maior obstáculo ao uso das brincadeiras em sala de aula é a insegurança do professor’(Tânia Fortuna)”.
“Ele deve aprender a renunciar ao controle, permitindo que os grupos façam atividades diferentes ao mesmo tempo, e que ele deixe de ser o eixo”. Lendo e pensando sobre o teor dessas colocações em leituras realizadas na Interdisciplina Ludicidade e Educação percebi, que muitas vezes, nos imobilizamos e não propomos aos alunos esses momentos lúdicos, por medo da desorganização, do descontrole, do movimento que o ato de brincar proporciona. Mas por que o medo se todo o processo criativo vem do movimento e das ações?
Hoje, tenho certeza que o professor não deve apenas se inserir nas brincadeiras como mediador, pois sua participação efetiva no ato de brincar é muito importante, pois quando brincamos junto com nossos alunos, eles se sentem acarinhados e valorizados, sendo essa participação uma forma de demonstrar a importância da brincadeira e de materializar o afeto que esse gesto transmite.
Não devemos dissociar o brincar do estudar, mas sim buscar reciprocidade nas duas ações. Conforme diz Tânia Fortuna “uma aula ludicamente inspirada, não é necessariamente aquela que ensina conteúdos com jogos, mas aquela, mas em que as características do brincar estão presentes, influenciando no modo de pensar do professor, na seleção de conteúdos, no papel do aluno”.
A sala de aula não deve, portanto, oportunizar apenas momentos estanques do brincar, como o brincar no recreio cheio de proibições, limitações ou regras, a caixa de brinquedos onde apenas é permitido que seja utilizada momentos antes de bater para a saída, com minutos previamente estabelecidos, sem deixar que a casinha de bonecas seja concluída e vivenciada.
Ao contrário, a ludicidade deve estar presente e profundamente inserida no fazer pedagógico, de forma natural, oportunizando todos os momentos possíveis para que as crianças se encontrem, se revelem e que através da brincadeira, dos jogos, ajam e interajam com o meio, possibilitando a construção de sujeitos mais felizes.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Relatório do encontro dos alunos da 4ª série da Escola Estadual Caetano Gonçalves da Silva e a Grupo Indígena Kaingang, Comunidade Por Fi.


Data: 26/05

Local: Estrada do Quilombo, 1015 - Bairro Feitoria Seller, São Leopoldo.

Público Alvo: alunos, comunidade escolar, educadores.

Objetivo Geral: Conhecer o modo de vida da aldeia Kaingang, respeitando e valorizando sua contribuição cultural.

Objetivo Específico: Reconhecer a importância da influência da cultura
Indígena na nossa cultura.


A saída de Campo com o objetivo de visitar a Comunidade Por Fi desde sua proposta, despertou o maior interesse na turma.
Quando combinei com os alunos e agendei a visita, senti que eles estavam realmente motivados, cheios de expectativas e curiosidades.
O encontro dos não índios com os índios não poderia ter sido mais maravilhoso.
Os alunos logo que chegaram se identificaram com as crianças índias, partilharam o lanche, assistiram a aula ministrada pelo professor Dorvalino, caminhavam pela aldeia como se pertencessem a mesma tribo, em total harmonia. Alguns alunos se mantinham distantes apenas observando, outros, ao contrário perguntavam muito sem conter a curiosidade sobre o que viam. Porém, o ponto alto da visita foram as sábias palavras do professor Dorvalino que fez uma palestra sobre a cultura Kaingang. O professor falou sobre a importância da educação que os pais devem dar aos filhos, que muitos desses pais delegam para a escola, fazendo um parâmetro entre essa educação e a das crianças da aldeia. O professor falou da importância da disciplina na vida das pessoas, da cura de doenças através de plantas medicinais encontradas na mata, da gestação das índias, do pré-natal e do parto, do desejo de ver a aldeia construída de forma planejada, da luta para manter e preservar a cultura Kaingang.
As crianças índias apresentaram para os visitantes uma dança de guerra, coordenados pelo professor Dorvalino, que deixou o grupo fascinado.
Acredito que a saída de campo teve seus objetivos plenamente alcançados, considerando que durante a análise sobre o passeio os alunos demonstraram, através de argumentações, o entendimento da importância cultural das comunidades indígenas, perceberam em nossa língua e nos nossos costumes, a presença dessa cultura tão rica e formadora da nossa brasilidade, identificando nos próprios colegas semelhanças físicas, como a cor de pele, cabelo escorrido e traços fisionômicos.
Certamente esse passeio contribuiu para formar seres humanos mais justos, que primem pela igualdade, pelo respeito à diversidade, na busca de um mundo melhor para todos, através de uma convivência plural e lin

Relatório do encontro dos alunos da 4ª série da Escola Estadual Caetano Gonçalves da Silva e a Grupo Indígena Kaingang, Comunidade Por Fi.


Data: 26/05

Local: Estrada do Quilombo, 1015 - Bairro Feitoria Seller, São Leopoldo.

Público Alvo: alunos, comunidade escolar, educadores.

Objetivo Geral: Conhecer o modo de vida da aldeia Kaingang, respeitando e valorizando sua contribuição cultural.

Objetivo Específico: Reconhecer a importância da influência da cultura
Indígena na nossa cultura.


A saída de Campo com o objetivo de visitar a Comunidade Por Fi desde sua proposta, despertou o maior interesse na turma.
Quando combinei com os alunos e agendei a visita, senti que eles estavam realmente motivados, cheios de expectativas e curiosidades.
O encontro dos não índios com os índios não poderia ter sido mais maravilhoso.
Os alunos logo que chegaram se identificaram com as crianças índias, partilharam o lanche, assistiram a aula ministrada pelo professor Dorvalino, caminhavam pela aldeia como se pertencessem a mesma tribo, em total harmonia. Alguns alunos se mantinham distantes apenas observando, outros, ao contrário perguntavam muito sem conter a curiosidade sobre o que viam. Porém, o ponto alto da visita foram as sábias palavras do professor Dorvalino que fez uma palestra sobre a cultura Kaingang. O professor falou sobre a importância da educação que os pais devem dar aos filhos, que muitos desses pais delegam para a escola, fazendo um parâmetro entre essa educação e a das crianças da aldeia. O professor falou da importância da disciplina na vida das pessoas, da cura de doenças através de plantas medicinais encontradas na mata, da gestação das índias, do pré-natal e do parto, do desejo de ver a aldeia construída de forma planejada, da luta para manter e preservar a cultura Kaingang.
As crianças índias apresentaram para os visitantes uma dança de guerra, coordenados pelo professor Dorvalino, que deixou o grupo fascinado.
Acredito que a saída de campo teve seus objetivos plenamente alcançados, considerando que durante a análise sobre o passeio os alunos demonstraram, através de argumentações, o entendimento da importância cultural das comunidades indígenas, perceberam em nossa língua e nos nossos costumes, a presença dessa cultura tão rica e formadora da nossa brasilidade, identificando nos próprios colegas semelhanças físicas, como a cor de pele, cabelo escorrido e traços fisionômicos.
Certamente esse passeio contribuiu para formar seres humanos mais justos, que primem pela igualdade, pelo respeito à diversidade, na busca de um mundo melhor para todos, através de uma convivência plural e linear.