sábado, 30 de maio de 2009

O Clube do Imperador

O filme sugerido pela Interdisciplina de Filosofia, O Clube do Imperador, nos remete a questionamentos sobre o real papel do profesor.Nos faz perceber a importância da família e da escola na formação do caráter dos indivíduos, trás à consciência o verdadeiro sentido da educação.A educação que transcende ao formalismo dos conteúdos, que extrapola, que resgata os alunos, que mostra o bem e o mal, que orienta , que sabe ouvir,que busca entendimento nos conflitos e dificuldades, que entende e respeita cada um na sua singularidade e que acaba consciente ou inconscientemente apregoando valores morais e éticos, os quais considera importantes para uma convivência digna e harmoniosa.Elaborando o filme e o ensaio de Adorno pensamos e acreditamos no seguinte: A educação produz a consciência crítica e libertadora,sendo responsável pela descontinuidade da opressão e da barbárie.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Etnias e Aula Presencial

O encontro presencial que tivemos ontem dia 20-05, foi de grande importância e muitíssimo rico.
Foi um momento de descobertas que proporcionou auto-conhecimento e a expressão de emoções e sentimentos relacionados à nossa prática e a nós mesmas.
A professora Hilda falou que a UFRGS é pioneira no Curso de Graduação de Pedagogia, oferecendo uma interdisciplina que trata especificamente das Etnias, o que nos enche de orgulho e multiplica a responsabilidade como educadoras.
Fomos questionadas pela professora Hilda sobre o motivo da Universidade ter inserido a Interdisciplina Questões Étnico-Raciais na Educação no curso de Pedagogia.
Acredito que por ser a escola responsável por mudanças, ter um papel social,ser um espaço de acolhida, que busca o respeito à diversidade, na construção da identidade do indivíduo, de orientá-lo na sua formação de cidadão e na conscientização da pluralidade que somos constituídos.
A escola é o espaço propício para se dismistificarem paradigmas e idéias pré-concebidas, onde a discussão e desacomodação devem provocar mudanças.
É na escola que deve se fortalecer a convivência, distanciando-se do preconceito, onde todos se reconheçam diferentes e que busquem no outro a completude.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Conexão Brasil-África

A Lei n° 10.639 rompe com a ordem dos currículos ao propor um novo conhecimento científico contrário à superioridade da produção cultural européia, isto é, o mundo não se resume às conquistas e derrotas do continente europeu, esse documento determina que a história da África seja vista com outro enfoque, não falando somente da miséria que atinge o continente, juntamente com os PCNs que orientam a promoção da igualdade, em um de seus temas transversais, a Pluralidade Cultural.
Contrariando ao que define a Lei e descumprindo o que prevê os PCNs a escola em que trabalho, somente em 2008, inseriu no seu PPP e Plano de Estudos o que a Lei determina.
Não deveria a escola, como responsável pela formação de alunos críticos, conscientes e cidadãos, ser a primeira em reparar tal conduta?
Será que a diversidade étnica e as relações inter-raciais não existiam antes da definição dos PCNs e da homologação da Lei?
O mundo seria constituído, por acaso, somente por indivíduos brancos, ou pelo continente europeu?
A discriminação existe sim, a começar pelo currículo escolar que necessitou da obrigatoriedade da Lei para que inserisse o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira no seu Plano de Estudos.
Os Projetos Pedagógicos deveriam ampliar e promover a igualdade racial, quando na verdade ocupam-se de outros temas, deixando para discutir a questão somente em novembro-mês da consciência negra.
Onde fica a valorização, o real conhecimento da comunidade negra que nos cerca?E os ancestrais de nossos alunos negros?Por que a escola trata a historicidade do negro apenas referindo-se à perspectiva da escravidão?
Acredito que ao valorizar a cultura negra, em sala de aula, os demais alunos descobrem caminhos que os distanciam do preconceito, muitas vezes trazidos da família e a relação entre eles melhora e se fortalece.
Precisamos mostrar ao aluno que a cultura da África está em cada um de nós, no somatório das etnias e a identidade da criança negra deve encontrar fortalecimento na escola, desde cedo, para que ela reconheça-se como negra e aprenda a respeitar-se como negra.
É importante que os alunos saibam as causas que fizeram os africanos dispersarem pelo mundo, abordando a história da África anterior à escravidão e sua importância étnica e cultural na formação da nossa brasilidade.