sábado, 22 de maio de 2010

Geometria

A importância da Geometria

Espaço e Forma

Sabe-se hoje que na formação global dos indivíduos a Geometria possui tanta importância quanto os números, pois é através dela que desenvolvemos ideias que possibilitam a compreensão e o entendimento do mundo.

Há algum tempo a Geometria havia sido esquecida na elaboração dos Currículos ou sendo adiada para ser trabalhada no final do ano letivo se houvesse tempo, não sendo valorizada e colocada em segundo plano.

Porém, os conteúdos propostos pelos PCNs, alertam sobre a importância da Geometria,onde o aluno descobre relações através das observações e experimentações do mundo físico e adquire um sentido espacial ao construir,desenhar, medir,visualizar,comparar, transformar e classificar.A Geometria possibilita ainda, a integração e aplicação em outros campos do conhecimento, levantando situações-problema que são muitas vezes de natureza interdisciplinar pois desenvolve a habilidade de observar o espaço tridimensional e de representá-lo.

Hoje, percebo em minha prática, que ao abordar a Geometria, imediatamento percebo o interesse e curiosidade dos alunos, sinto que eles se identificam com o conteúdo e desenvolvem as atividades propostas com prazer.

Materializo hoje que a compreensão do espaço com suas dimensões e formas de constituição, são elementos necessários para a formação do aluno na fase inicial dos estudos de Geometria, para que possa desenvolver um tipo especial de pensamento que lhe permita compreender, descrever e representar, de forma organizada e concisa, o mundo em que vive, estimulando a observar, perceber, semelhanças, diferenças, identificando regularidades e irregularidades.

Concluo, acreditando ser de extrema importância que o aluno perceba que o espaço é constituído de três dimensões:comprimento, largura e altura e que as figuras geométricas são constituídas por uma, duas ou três dimensões.

Sendo igualmente importante que o aluno perceba que as formas geométricas estão presentes na natureza e nos objetos construídos pelo homem e ser provocado a estabelecer relações entre pessoas, lugares e objetos do espaço.

domingo, 16 de maio de 2010

A descendência afro-brasileira

Nosso sangue afro-brasileiro

A Lei 10.639/2003, que determina a obrigatoriedade de incluir a temática "História e Cultura Afro-brasileira e Indígena" no Currículo do ensino público e privado do país, possibilitou a reparação das injustiças e desigualdades sociais.

Ao desenvolver o tema sobre a afro-descendência procurei trazer à consciência nas atividades propostas,a importância da presença africana na formação étnica e cultural brasileira e sul-riograndense, estimulando os alunos a construir noções claras da importância dos povos africanos na formação do Brasil atual.

Ao abordar a história da escravidão no Brasil, os alunos entenderam a conexão existente, em relação à situação dos negros brasileiros, que entre outros problemas, enfrentam muitos preconceitos, trazendo esses questionamentos para a realidade da sala de aula, buscando a formação de sujeitos íntegros, que valorizem o ser humano sem distinção, em atitude de acolhimento, pluralizando as relações, respeitando as especificidades culturais de todas as etnias.

Na troca de ideias, os alunos construíram o entendimento que o indivíduo independentemente do grupo étnico a que pertença é formador do patrimônio da sociedade brasileira, onde o primeiro desafio é o entendimento da identidade, pois a criança negra precisa se ver como negra e a aprender a respeitar a imagem que tem de si.

Vimos na Interdisciplina Questões Étnicos Raciais na Educação a Síntese da Dissertação do Mestrado em Educação, para a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, onde Marilene Leal Paré nos diz que as relações na escola podem ser libertadoras ou inibidoras do processo de aprendizagem, sobre a importância da escola sobre o aluno negro, da relevância da relação positiva entre professor e aluno, da valorização do professor sobre esse aluno,onde ele possa desenvolver e fortalecer sua autoestima, e se essa valorização não existir, o aluno poderá desenvolver mecanismos de defesa que prejudicariam seu desenvolvimento pleno de aprendizagem, chegando muitas vezes a evasão.

O meu objetivo ao desenvolver a temática foi alcançado de uma forma muito prazerosa, pois além do conhecimento construído em relação a influência étnico e cultural africana,semeamos a igualdade e pregamos a total ausência de descriminação.

Compartilho aqui um fragmento de texto que trabalhei com os alunos:

Ser negro no Sul hoje...

O preconceito continua firme, em cada rua, em quada quadra, em cada cidade dessa região tão rica e tão suprema.O negro continua acorrentado sem saber o que fazer, porque continua excluído da sociedade branca dominante. Em pleno século XXI, o negro continua pedindo licença para viver[..] A verdadeira carta de alforria ainda está por vir.

Álvaro Cesar de Almeida, Jornal Abibiman, Arcoverde, fev. 2004.

domingo, 9 de maio de 2010

A importância da contação de histórias



A contação de histórias é uma aliada na construção da aprendizagem em qualquer série e modalidade escolar, buscando construir nos alunos o gosto pela leitura, oportunizando e criando condições, para que através da contação, se estruture um indivíduo crítico, que atue de forma transformadora na sociedade em que atua.
O aluno enquanto ouvinte, aprende a se conhecer melhor, descobrir preferências, vai do real para o imaginário, se transporta, cria e recria, transcende...buscando o entendimento do mundo que o cerca.Procuro ouvir os alunos sobre suas preferências em relação as histórias a serem lidas porém, muitas vezes, incluo no planejamento, buscando a interdisciplinaridade , histórias que complementem os conteúdos desenvolvidos em sala de aula.
Atualmente, estou trabalhando o livro Mitos e Lendas do Rio Grande do Sul de Antônio Augusto Fagundes, Ciclo das Lendas Indígenas, aliando aos conteúdos desenvolvidos e ao tema do Projeto, que refere-se a diversidade étnica.
Tenho a convicção que os momentos de contação de histórias, para meus alunos são inesquecíveis.Vejo no olhar de cada um o encantamento, pois busco na alternância da voz, na incorporação dos personegens, no suspense, prender a atenção, buscar o envolvimento, o prazer, pois o ato de contação é mágico...
Sempre em minha docência, fui uma professora contadora de histórias, pois sempre acreditei que esse gesto passava pelo aconchego, pelo acolhimento.Hoje, porém sei que o valor é ainda maior pois incentiva os alunos a desenvolverem o gosto pela leitura, a desenvolverem a sensibilidade, contribuindo para o exercício da criticidade.
Jamais esqueço as palavras do aluno Maxuel, no ano passado, quando nos preparávamos para a contação, os alunos sentados no chão, junto a mim , e um aluno não se acomodava, perturbando o início da história: -Dudu, fica quieto, não quebra o encanto...A história contada era o Mito "O Lobisomem no folclore gaúcho".

domingo, 2 de maio de 2010

Produção Textual

A atividade foi realizada com o objetivo de proporcionar aos alunos uma oportunidade em que o conhecimento fosse produzido e construído pela ação, reflexão e interação.Sabe-se que a leitura e a escrita se complementam, pois através da leitura, o aluno encontra subsídios para suas produções, familiarizando-se com as normas ortográficas e os diversos tipos de gêneros textuais.Nesse contexto, enquanto conhece e apropria-se da língua materna o indivíduo participa ativa e criticamente da sociedade em que está inserido,valendo-se da linguagem para expressar suas ideias e opiniões, considerando as opiniões contrárias e exercitando a argumentação.

Tendo convicção que a leitura e o processo de produção textual, bem como a aprendizagem, devem fazer sentido para o aluno que após a discussão e debates sobre o tema "Convivendo com as Diferenças"sugeri que os alunos fizessem duplas para realizar a produção.Um aluno ficaria encarregado de registrar a opinião da dupla e o outro faria o papel de revisor, fazendo as alterações ortográficas que julgasse pertinentes.

Acredito que o objetivo foi alcançado, pois as duplas problematizaram sua escrita, ressignificando e favorecendo a autocorreção informativa, onde levantaram questionamentos acerca das incorreções ortográficas, estrutura do texto,coerência nos fatos e clareza nas informações.

Ao propor a produção textual o objetivo maior era que os alunos encontrassem nessa atividade, uma forma legítima de expressão, através da análise crítica e a revisão dos conhecimentos linguísticos, onde puderam revisar a própria fala que transferem para a escrita, observando a clareza, adequação, coerência e coesão.

A autocorreção textual tem como objetivo que os alunos se coloquem no lugar do leitor buscando a formação de um leitor crítico, que seja capaz de refletir, recriar, indo além das convicções linguísticas.